Pular para o conteúdo principal

Entrevistando Felipe Felix – Coordenador do Curso Superior de Tecnologia em Gestão de Turismo do CEFET/RJ


         Felipe Felix é natural da cidade de Nova Iguaçu, tem 32 anos. Felix é graduado em turismo pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), também é graduado em Produção Cultural pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ), é mestre e doutor em Planejamento Urbano e Regional pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UERJ). E atualmente é Coordenador do Curso Superior de Tecnologia em Gestão de Turismo do CEFET-RJ, Campus Maracanã, ofertado na modalidade EAD em parceria com o Consórcio Cederj.

            Conheci Felipe Felix na aula inaugural da minha universidade como meu coordenador do curso desde 2018, onde nos encontramos novamente no Eventur de 2019.1 que organizei com a minha turma. E mais tarde nos encontramos de novo na mesa redonda do Salão do Turismo sobre cursos superiores de Turismo e Hotelaria com os professores da UFF, UFRJ, Senac, Estácio e CEFET (que é nossa universidade). E a partir de todos esses contatos que tive com ele, decidi entrevistá-lo.





Você possui graduação em turismo pela UFRRJ, se formando em 2010 e desde então sempre atuou na área. Por que escolheu turismo?

Felix: Sou egresso da primeira turma do Curso de Bacharelado em Turismo da UFRuralRJ. Tenho muito orgulho da formação que recebi desta instituição. Apesar das dificuldades e desafios enfrentados no início do funcionamento do Campus Nova Iguaçu - sobretudo em relação à infraestrutura física-, tive o privilégio de ter sido aluno de docentes muito engajados e comprometidos.

Em relação à escolha do Curso de Turismo, houve influência do resultado de uma espécie de 'teste vocacional', publicado por um Guia direcionado a 'pré-vestibulandos' e estudantes do Ensino Médio que tinham dúvidas sobre qual carreira deveriam seguir. Isso era muito comum na época em que cursei o Pré-Vestibular. Além do Curso de Turismo, o resultado desse Guia também apontou 'vocação' para áreas como Relações Internacionais e História.


Você já atua como Coordenador do Curso Superior de Tecnologia em Gestão de Turismo do CEFET/RJ de todos os polos da Cederj há 5 anos. Quais são os desafios que você enfrenta nessa função tão importante para administração do curso?

Felix: Na realidade estou Coordenador do Curso Superior de Tecnologia em Gestão de Turismo do Cefet/RJ, ofertado na modalidade semipresencial em parceria com o Consórcio Cederj, desde março de 2017. Logo, tenho aproximadamente 03 anos e meio nesta função. Os desafios são enormes porque precisamos atender demandas que emanam de diferentes contextos socioeconômicos, geopolíticos e históricos. Além disso, os polos possuem realidades distintas. Ou seja, alguns estão melhor equipados e/ou com melhor infraestrutura física do que outros. Sendo assim, precisamos ter sensibilidade para compreender esse cenário e buscar encontrar estratégias para tentar ajudar na solução desses problemas e para apoiar nossos mediadores e articuladores que estão na 'linha de frente' de diversas etapas do processo de ensino-aprendizagem.

Em suma, o trabalho da coordenação do curso envolve um grande esforço didático, administrativo e político-institucional em prol da articulação de diversos atores que participam e constroem o dia a dia de nosso Curso - especialmente, os coordenadores de disciplina, a coordenação de tutoria, os articuladores acadêmicos, os mediadores presenciais e a distância e os representantes discentes dos Polos.

 

Fale um pouco sobre a importância da educação superior em Turismo.

Felix: Especialmente diante desse quadro tão delicado que estamos vivenciando por conta da pandemia da Covid-19,  os cursos superiores de Turismo se tornaram fundamentais na formação acadêmica, profissional , ética e humanista dos profissionais de um setor que foi duramente afetado pelas restrições sanitárias que foram necessárias para o adequado combate a esse vírus.

Mais do que nunca, a academia está 'conclamada' a repensar os rumos do desenvolvimento turístico doméstico e internacional, incorporando novas tecnologias, iniciativas empreendedoras e protocolos que zelem pela saúde e o bem-estar dos visitantes. 

Também ganhou muita força a noção de 'capacidade de carga turística' enquanto diretriz central para o planejamento desta atividade. Ou seja, o modelo que predominava em muitas localidades turísticas, afetadas pelo chamado 'overtourism', precisa agora ser revisto urgentemente, não apenas por uma questão de sustentabilidade, mas também do ponto de vista da saúde pública.

Nesse contexto, os egressos dos cursos superiores de Turismo possuem papel relevante no planejamento e na gestão desse 'novo turismo', tendo em vista sua formação acadêmica inter, multi e transdisciplinar, capaz de aglutinar saberes e técnicas essenciais para a retomada segura e gradual da atividade turística.

Comentários

Bombou no mês

Cachoeira do Horto